Empreendedorismo jurídico: 5 ideias e tendências para abrir seu negócio

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Você está pronto para a era do empreendedorismo jurídico no Brasil?

Com a redução dos postos de trabalho e aumento da competitividade, o mercado jurídico já não tem espaço para todos, mas enquanto alguns modelos tradicionais ficam para trás, abrem-se as portas para a inovação — mais especificamente, para o advogado empreendedor.

Para ajudar você a enfrentar esse novo cenário, reunimos boas ideias de negócios e tendências para investir no empreendedorismo jurídico.

Por que o empreendedorismo jurídico é o futuro?

O empreendedorismo jurídico é o novo imperativo da advocacia no Brasil, em um cenário de redução dos postos de trabalho e transformação digital do mercado.

Ou seja: o perfil conservador e burocrático do profissional jurídico está com os dias contados, enquanto as mudanças impulsionam os advogados mais inovadores e com visão de negócios.

Muito se fala sobre a “substituição” do trabalho humano pelas máquinas, principalmente entre advogados.

Mas, na realidade, tecnologias como a automação e inteligência artificial abrem um novo universo de possibilidades para empreender no mercado jurídico — as lawtechs (startups focadas em soluções tecnológicas para a área jurídica) são a prova disso.

Ao mesmo tempo, o novo advogado é um especialista, e os escritórios que atuam no modelo “clínica geral” estão perdendo espaço.

Ou seja: ao invés de ser um generalista que atua nas áreas cível, criminal, trabalhista e previdenciária, é melhor se destacar em um segmento específico.

Por isso, reunimos várias tendências e ideias de negócios promissoras para o empreendedorismo jurídico.

Mas antes, vamos dar uma olhada no panorama geral do mercado.

O cenário brasileiro para o empreendedorismo jurídico

Para entender melhor o cenário brasileiro para o empreendedorismo jurídico, vamos conferir alguns números do mercado.

De acordo com dados da OAB Nacional de novembro de 2019, há 1,26 milhão de advogados no Brasil — um advogado para cada 166 habitantes, em média.

Segundo o Censo Jurídico 2018, publicado pela ProJuris, as prioridades dos advogados para 2019 são:

  • Estudar mais
  • Trabalhar em contratos mais lucrativos
  • Expandir o mercado
  • Evoluir o marketing
  • Migrar de área de atuação
  • Abrir um negócio próprio.

Além disso, o estudo revela que 43,4% dos advogados atuam como autônomos, enquanto 25,6% trabalham em escritórios de advocacia e 22,4% em departamentos jurídicos corporativos.

Quando questionados sobre os maiores vilões do mercado jurídico em 2019, os participantes apontam três principais problemas: mercado saturado, desorganização e economia do país.

Inclusive, a saturação é uma preocupação generalizada nesse setor, pois há uma grande quantidade de novos formandos para um mercado que encolhe a cada ano.

Hoje, são cerca de 1.635 cursos e 315 mil vagas para estudar Direito, segundo dados da OAB publicados no Valor Econômico.

Na opinião do presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, “o mercado não vai conseguir absorver todo mundo”, e, por outro lado, “com o processo eletrônico na Justiça, não é mais necessário que alguém faça a carga do processo ou o acompanhe no fórum”.

Ou seja: não adianta mais fazer aquele papel de “despachante de alto nível”, que lida somente com a papelada do governo.

Logo, a figura do advogado tradicional, altamente burocratizada, está sendo substituída por um novo perfil: o advogado empreendedor, que usa os avanços tecnológicos para inovar no mercado jurídico e se destacar.

Para Santa Cruz, empreender é fundamental, diante da realidade com menos postos de trabalho e alta demanda por especialização.

A boa notícia é que as perspectivas econômicas estão melhorando, e caberá aos advogados inovadores aproveitar a retomada do crescimento no país.

5 ideias para investir no empreendedorismo jurídico

Se você quer ideias para investir no empreendedorismo jurídico, reunimos algumas tendências inspiradoras.

Confira a lista e comece a planejar seu negócio.

1. Investir na área de compliance

Um dos reflexos da crise econômica e política no Brasil foi o aumento da insegurança jurídica e queda dos índices de confiança.

Nesse cenário, o mercado de compliance vem crescendo continuamente, apontado como tendência na pesquisa da ProJuris por 13,2% dos entrevistados.

De acordo com a pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil, realizada em 2018 pela KPMG, 64% das empresas já possuem um processo de avaliação de riscos de compliance no Brasil.

Ao mesmo tempo, 33% envolvem o compliance em suas decisões estratégicas e 54% ainda não têm um processo eficiente de Due Dilligence (investigação de oportunidade de negócio e avaliação de riscos) para terceiros.

Ou seja: abrir uma empresa especializada ou prestar consultoria nessa área pode ser promissor no mercado jurídico.

2. Aproveitar a Lei de Proteção de Dados

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD ou LGPDP), promulgada em agosto de 2018, deve entrar em vigor até 2020 no Brasil, trazendo mudanças significativas na coleta e tratamento de dados dos cidadãos.

Logo, o compliance de proteção de dados pessoais é uma aposta certeira para o advogado, que terá muitas oportunidades de prestar assessoria jurídica para empresas que precisam viabilizar negócios e mitigar riscos de acordo com a nova lei.

Afinal, todas as empresas terão que se adequar à legislação, que é uma das mais técnicas que já tivemos no país, abrindo espaço para a atuação dos profissionais jurídicos.

3. Inovar com uma lawtech

Já mencionamos as lawtechs, que são startups voltadas a soluções tecnológicas para o mercado jurídico e estão revolucionando o trabalho dos advogados.

Hoje, já são mais de 100 empresas dessa categoria no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Lawtechs & Legaltechs, que divide as startups em 13 categorias:

  • Analytics e jurimetria: plataformas de análise e compilação de dados e jurimetria
  • Automação e gestão de documentos: softwares de automação de documentos jurídicos e gestão de contratos e processos
  • Compliance: soluções para cumprir as normas legais e políticas estabelecidas
  • Conteúdo jurídico, educação e consultoriaportais de informação, legislação, notícias e demais empresas de consultoria (da segurança da informação à assessoria tributária)
  • Extração e monitoramento de dados públicos: monitoramento e gestão de informações públicas como andamentos processuais, legislação e documentos cartorários
  • Gestão de escritórios e departamentos: soluções de gestão para empresas e departamentos jurídicos
  • IA e setor público: soluções de inteligência artificial para tribunais
  • Redes de profissionais: redes de conexão entre profissionais do Direito
  • Regtech: soluções tecnológicas para exigência de regulamentação
  • Resolução de conflitos online: plataformas para mediação de conflitos, arbitragem e negociação de acordos
  • Taxtech: plataformas que solucionam desafios tributários
  • Civic Tech: tecnologia que melhora o relacionamento entre pessoas e instituições
  • Real Estate Tech: tecnologia para mercado imobiliário e cartorário.

Não faltam opções para inovar as rotinas jurídicas com a tecnologia, certo?

Então, é só unir seu conhecimento em Direito com especialistas do TI para entrar nesse mercado efervescente das startups.

4. Embarcar na tendência do Legal Design Thinking

Legal Design Thinking é uma das tendências jurídicas em alta, que consiste na aplicação da metodologia Design Thinking ao trabalho do advogado.

Basicamente, é o processo inovador de pensamento e criação para chegar a soluções criativas para os problemas dos clientes jurídicos, a partir da compreensão de suas necessidades reais.

Nesse caso, o advogado utiliza as etapas de entendimento, observação, ideação, prototipagem e testes, típicas do Design Thinking, para encontrar soluções sob medida para seus clientes e oferecer uma experiência diferenciada.

A ideia é democratizar o acesso à Justiça, usar o poder da tecnologia para os serviços jurídicos e aprimorar a comunicação com os clientes, criando novos modelos de organizações para gerar valor.

Assim, o Legal Design Thinking tem tudo a ver com a postura consultiva que se espera dos advogados empreendedores — e pode ser um diferencial e tanto para se lançar no mercado.

5. Focar no direito societário

Com as perspectivas de retomada da economia e aumento dos índices de confiança para 2020, o direito societário deve ganhar um novo fôlego no país.

De acordo com o Guia Salarial 2020, publicado pela consultoria Robert Half, os escritórios e profissionais especializados em societário, contratos e M&A (fusões e aquisições) estão no topo das tendências do mercado jurídico.

Isso porque a recuperação econômica promete movimentar as empresas e impulsionar a demanda por serviços de governança corporativa, operações de estruturação e reorganização societária.

E então, já sabe por onde vai seguir no empreendedorismo jurídico?

Acesse nossos módulos gratuitos e conheça mais sobre as áreas promissoras do mercado jurídico e abra o seu negócio!

Fonte: Conta Azul

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