Cr\u00e9dito: Unsplash<\/figcaption><\/figure>\nComo \u00e9 a fase postulat\u00f3ria<\/h3>\n
A primeira etapa da recupera\u00e7\u00e3o judicial \u00e9 a empresa entrar com uma a\u00e7\u00e3o. O pedido deve conter aspectos como motivos para a situa\u00e7\u00e3o complicada, contabilidade dos tr\u00eas anos anteriores, rela\u00e7\u00e3o de d\u00edvidas, composi\u00e7\u00e3o societ\u00e1ria, declara\u00e7\u00e3o de bens dos acionistas e outros elementos que contribuem para um diagn\u00f3stico da companhia.<\/p>\n
Segundo a lei 11.101\/2005, a empresa que entra com pedido de recupera\u00e7\u00e3o judicial deve cumprir os seguintes aspectos:<\/p>\n
Exercer atividade h\u00e1 pelo menos dois anos;
\nN\u00e3o ter fal\u00eancia decretada;
\nN\u00e3o ter passado por outro processo de recupera\u00e7\u00e3o judicial nos cinco anos anteriores;
\nN\u00e3o ter obtido plano especial de recupera\u00e7\u00e3o judicial nos oito anos anteriores;
\nN\u00e3o ter condena\u00e7\u00e3o em crimes previstos na lei de fal\u00eancias<\/p>\n
Como \u00e9 a fase deliberativa<\/h3>\n
\u00c9 nessa parte do projeto que a empresa saber\u00e1 se ter\u00e1 direito a seguir com a recupera\u00e7\u00e3o judicial. Se a companhia cumprir os requisitos listados anteriormente e tiver documenta\u00e7\u00e3o aprovada, o juiz dar\u00e1 andamento ao processo.<\/p>\n
A partir disso, todas as a\u00e7\u00f5es contra o devedor s\u00e3o suspensas, e um administrador judicial \u00e9 nomeado.<\/p>\n
Esse administrador entra em contato com os credores da empresa, que formam uma assembleia para avaliar o plano de retomada. Em caso de aprova\u00e7\u00e3o un\u00e2nime, o juiz d\u00e1 continuidade \u00e0 recupera\u00e7\u00e3o judicial.<\/p>\n
Como \u00e9 a fase de execu\u00e7\u00e3o<\/h3>\n
A execu\u00e7\u00e3o \u00e9 a realiza\u00e7\u00e3o do plano montado pela empresa e aprovado pelos credores. Se o devedor conseguir cumprir os prazos e encerrar as d\u00edvidas, a Justi\u00e7a vai decretar o fim da recupera\u00e7\u00e3o judicial.<\/p>\n
Nessa fase, contudo, a Justi\u00e7a pode decretar fal\u00eancia da empresa se o plano de pagamento n\u00e3o for cumprido de acordo com o combinado com os credores.<\/p>\n
Riscos que o processo pode gerar<\/h3>\n
Como \u00e9 um processo delicado e demanda aprova\u00e7\u00e3o total dos credores, a recupera\u00e7\u00e3o judicial demanda muito entrosamento entre todos os acionistas da empresa. Por isso, um risco consider\u00e1vel \u00e9 a exist\u00eancia de conflitos internos nas companhias.<\/p>\n
Por isso, um processo necess\u00e1rio antes da recupera\u00e7\u00e3o judicial \u00e9 uma avalia\u00e7\u00e3o de objetivos e capacidades da empresa para cumprir compromissos estabelecidos.<\/p>\n
Outro risco \u00e9 o conflito entre poderes. Com a falta de unidade entre legisla\u00e7\u00f5es e a\u00e7\u00f5es de diferentes esferas, empres\u00e1rios muitas vezes ficam em meio a uma guerra e encontram desafios relacionados a essa instabilidade.<\/p>\n
A principal resposta nesse caso \u00e9 a cria\u00e7\u00e3o de um plano de recupera\u00e7\u00e3o que seja est\u00e1vel e que dependa menos de legisla\u00e7\u00e3o espec\u00edfica.<\/p>\n
Consultor<\/strong>
\nMarcus Vinicius Tatagiba<\/strong><\/p>\nLeia mais:<\/strong><\/p>\nComo \u00e9 a nova norma que simplifica a\u00e7\u00f5es do direito empresarial<\/a>
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